Ninguém é de ferro

ANÁLISIS | SIGNIFICADO

Hoje, as certezas se misturam com as incertezas de um coração aflito. A saudade se faz presente, trazendo lembranças vivas e intensas, como se trouxesse consigo o cheiro e o sabor de um amor perdido. Em meio a esse turbilhão de emoções, o álcool se revela tentador, uma fuga momentânea para aliviar a dor.

Ninguém escapa de suas próprias fragilidades. Chorar é um ato de desabafo, um alívio que não cobra impostos nem prejudica a saúde. No fundo do poço, as bebidas descem rápidas, mas a consciência permanece alerta. A tentação de ligar para aquela pessoa que se tornou um tabu paira no ar, mas a certeza de que isso só causaria estragos impede a ação impulsiva.

Ninguém é imune aos próprios sentimentos, às próprias fraquezas. A melodia triste dessas palavras ecoa a vulnerabilidade de um coração machucado, lutando entre a vontade de se entregar e o medo das consequências. E assim, entre goles de coragem e lágrimas de desabafo, o inevitável dilema persiste: ligar para ela seria o fim de tudo, uma decisão que poderia arruinar não apenas a própria vida, mas também a dela.